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As células escamosas atípicas não podendo excluir HSIL (ASC-H)

A seção acima descreve como reconhecer as principais apresentações da HSIL. O ASC-H deve ser raro se os citologistas se concentrarem no padrão anormal da cromatina e nas membranas nucleares irregulares observadas na HSIL e estiverem cientes de que:

  1. HSIL pode ter núcleos relativamente pequenos e pálidos;
  2. Grupamentos hipercromáticos de células sobrepostas podem ter células HSIL reconhecíveis na sua periferia ou entre os grupos celulares;
  3. os diagnósticos geralmente podem ser feitos em células escassas anormais, e
  4. casos fronteriços entre HSIL e LSIL devem ser definidos como SIL e não como ASC-H.

Na maioria dos países ASC-H não é submetido a triagem do HPV, então o diagnóstico depende dos achados da colposcopia e precisão da biópsia. No Reino Unido, todos os diagnósticos limítrofes, incluindo “não podendo excluir discariose de alto grau”, são submetidos a triagem de HPV e apenas investigados se positivos. É importante não perder o HSIL ocasional que é HPV-negativo. [Ver Capítulo 7 – Usos de testes de HPV na triagem cervical]

Na prática, existem três situações principais em que a categoria ASC-H é usada

  1. Células discarióticas escassas;
  2. Grupamentos hipercromáticos de células aglomeradas;
  3. Distinção entre metaplasia escamosa imatura e HSIL.

Em primeiro lugar evitar ASC-H; o que pode ser feito através de consulta as colegas e segurança no reconhecimento HSIL.

No segundo grupo, o ASC-US pode ser novamente evitado pela consulta e reconhecimento dos principais miméticos dos grupamentos hipercromáticos de células sobrepostas: células endometriais, metaplasia tubo-endometrioide, células endocervicais reativas e NIGC. Concentrar-se nas células que se dissociam do grupo dos principais e situadas entre estes, permite normalmente o diagnóstico quando o HSIL esta presente. Como os grupamentos hipercromáticos de células sobrepostas representam mais frequentemente NIC3 do que NIC2, a atipia nuclear e a relação N/C devem ser diagnósticos na HSIL. [Ver Capítulo 10 – Dificuldades]

O terceiro grupo provavelmente causa de maior dificuldade, pois pode haver uma dificuldade genuína em distinguir a metaplasia escamosa imatura e, às vezes, a metaplasia tubária, d HSIL do tipo metaplásico.

 

Metaplasia escamosa imatura versus HSIL

A distinção de HSIL de metaplasia escamosa imatura pode ser igualmente difícil em seções histológicas resultando no conceito de “metaplasia escamosa imatura”, que provavelmente representa LSIL em metaplasia imatura (Duggan et al., 2006). A triagem do HPV de alto grau pode ajudar a distinguir SIL de metaplasia imatura; P16 e Ki-67 podem ser úteis para distinguir HSIL de LSIL neste contexto. [ver Citologia em um ambiente multidisciplinar]

Na citologia, a principal distinção é entre HSIL e metaplasia escamosa imatura e depende do padrão da cromatina, da irregularidade da membrana nuclear e da relação N/C como descrito acima.

Exemplos dados na Figura 9c-16, 17 e 18 justificariam um diagnóstico de ASC-H.

                                                   

Figure 9c-16 (a-b) ASC-H em células metaplásicas imaturas

(a) ASC-H confirmado como NIC2 e 
(b) como NIC3 em histologia.

 

 

Figure 9c-17 (a-b). ASC-H em células atípicas escassas.

(a) ASC-H confirmado como NIC2 e
(b) como NIC3 em histologia.

 

 

Figure 9c-18 (a-b) ASC-H na metaplasia tubária

(a) Apresenta os núcleos redondos típicos da metaplasia tubária: uma placa basal pode ser vista, mas não há cílios reconhecíveis. 
(b) A metaplasia tubária foi observada na biópsia: não houve presença de SIL.